domingo, 8 de dezembro de 2013

. Condicionantes e determinantes


Como poderás verificar pela análise do exemplo explorado na publicação anterior, não há ação que não esteja sujeita à influência de fatores internos e externos que a condicionam. Ainda assim, por muito influentes que sejam, as condicionantes apenas representam alternativas possíveis, que podes ou não seguir. Ou seja, em última análise és tu quem decide qual o caminho a seguir. Quando assim não é, quando não tens diferentes alternativas entre as quais possas decidir e te vês obrigado a seguir um único caminho possível, diz-se que a tua ação é determinada. Dito de outro modo: quando os fatores que antecedem a tua ação a tornam necessária, isto é, obrigatória e sem alternativa possível, diz-se que esses fatores são determinantes. Tal como se passa com os fenómenos naturais e com o comportamento animal, consequências inevitáveis de uma série de causas que não deixam espaço para qualquer imprevisibilidade - sempre que se reúnem determinadas condições atmosféricas não pode deixar de chover, assim como a leoa não poderá deixar de atacar sempre que tem fome ou necessidade de alimentar as crias -.
Se há momentos em que a ação humana é determinada como se de um fenómeno natural se tratasse, isto é, se os condicionantes se revelam fatores que nos deixam de mãos atadas sem liberdade para decidir, é o que veremos de seguida quando estudarmos a diferentes teorias acerca do livre arbítrio.

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