De uma forma abreviada, o determinismo radical defende que não há ações livres. Segundo esta teoria, as nossas ações, à semelhança de todos os fenómenos naturais, surgem como consequência inevitável de causas externas que escapam ao nosso controlo. O mesmo é dizer que fazemos o que fazemos porque não existe alternativa, trata-se do resultado de uma série de condições anteriores que tornam a nossa ação um fenómeno necessário. O resultado, por exemplo, das nossas predisposições genéticas e da nossa educação, em relação às quais nada haveria a fazer.
Trata-se de uma teoria perigosa, tal como pudeste constatar na análise do caso dos jovens Leopol e Loeb, uma vez que não permite responsabilizar ninguém pelos atos que realiza. As ações são encaradas como consequência necessária das condições que as antecedem e os agentes como vítimas dessas mesmas condições. Como se estivéssemos programados para fazer o que fazemos, simples marionetas determinadas pelo passado e pelas circunstâncias - sociais, políticas, económicas... - em que fatalmente nos encontramos. Deixando por explicar, portanto, sentimentos como a culpa e o arrependimento, da mesma forma que nos descompromete com a ideia de responsabilidade social segundo a qual devemos pensar nas consequências antes de agir.
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