Para lá da discussão teórica entre compatibilistas e incompatibilistas, que nos fazem tender ora para o partido da liberdade ora para o do determinismo que nos desresponsabiliza em relação aos nossos atos, está a necessidade prática de tomarmos decisões no dia a dia. Essa, de acordo com Jean Paul Sartre, um filósofo francês de que ouvirás falar nas aulas, é efetivamente a única coisa a que estamos obrigados. Temos de tomar decisões todos os dias e em relação a isso não há nada a fazer, ninguém poderá fazê-lo por nós. Serão sempre as nossas decisões.
Afirmar que as decisões são sempre nossas não significa, no entanto, que as tomemos sozinhos. Em primeiro lugar, porque somos sempre influenciados, consciente ou inconscientemente, por aqueles com quem vivemos. Depois, porque as nossas decisões correm o risco de ser tomadas como exemplo a seguir pelos outros. É assim, é a natureza da vida social, aprendemos uns com os outros. Daí que, mais uma vez com Jean Paul Sartre, liberdade e responsabilidade devam ser vistas como uma e a mesma coisa: decidir é decidir por todos.
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